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A evasão fiscal e a elisão fiscal são termos frequentemente discutidos no contexto da legislação tributária. Embora sejam conceitos relacionados à redução da carga tributária, eles possuem significados distintos e implicações legais diferentes. Neste artigo, exploraremos as diferenças entre evasão fiscal e elisão fiscal, bem como as consequências legais envolvidas em cada prática.
A evasão fiscal envolve práticas ilegais para evitar o pagamento de impostos devidos. Ela ocorre quando os contribuintes deliberadamente fornecem informações falsas, omitem informações relevantes ou manipulam transações para subestimar seus lucros, receitas ou ativos, a fim de reduzir seus impostos. A evasão fiscal é um crime tributário, sujeito as penalidades legais.
Algumas das práticas fiscais consideradas como evasão fiscal podem incluir:
1. Omissão de receitas: não declarar a totalidade ou parte dos rendimentos obtidos de uma atividade econômica, ocultando a receita para evitar o pagamento de impostos devidos.
2. Subfaturamento de transações: subestimar o valor real de uma transação comercial para reduzir os lucros tributáveis e, consequentemente, o montante de impostos a pagar.
3. Caixa dois: manter uma contabilidade paralela ou não registrada para ocultar receitas e despesas, evitando o registro e o pagamento de impostos corretos.
4. Sonegação de informações: fornecer informações falsas ou omitir informações relevantes em declarações fiscais, relatórios contábeis e outras formas de comunicação com as autoridades fiscais.
5. Empresas de fachada: criar empresas fictícias ou de fachada para desviar receitas, mascarar operações ou ocultar a propriedade real de ativos e rendimentos.
6. Transferência de ativos para paraísos fiscais: mover ativos financeiros, operações comerciais para localidades de baixa tributação ou paraísos fiscais, visando evitar a tributação na localidade original.
7. Fraudes fiscais: engajar-se em esquemas fraudulentos, como falsificação de documentos, manipulação de registros contábeis ou uso de identidades falsas para evitar o pagamento de tributos.
Por outro lado, a elisão fiscal refere-se a práticas legais que permitem aos contribuintes reduzir sua carga tributária nos limites da legislação. A elisão fiscal envolve o uso de estratégias e planejamento tributário legítimos para aproveitar as brechas ou benefícios fiscais existentes no sistema tributário.
A elisão fiscal é uma prática legal, pois os contribuintes exercem o seu direito de estruturar suas atividades financeiras e empresariais de maneira a minimizar a incidência de tributos e maximizar os seus lucros de forma estratégica. Algumas das práticas fiscais de elisão fiscal incluem:
1. Planejamento tributário estratégico: os contribuintes podem usar estratégias legais para minimizar sua carga tributária, aproveitando as disposições fiscais favoráveis. Isso pode incluir a escolha de estruturas empresariais mais eficientes do ponto de vista fiscal, planejamento de investimentos, uso de deduções e créditos fiscais, entre outros.
2. Utilização de incentivos fiscais: muitos incentivos e benefícios fiscais são concedidos pelo governo para reduzir a carga tributária e estimular atividades específicas, como investimentos em pesquisa e desenvolvimento, expansão de negócios em determinadas áreas geográficas ou setores econômicos.
3. Planejamento de transações e reestruturações: ao realizar transações comerciais, como fusões, aquisições ou reorganizações, os contribuintes podem buscar estruturas que permitam otimizar a carga tributária. Isso pode envolver a alocação eficiente de ativos, passivos e receitas entre entidades para reduzir a incidência de impostos.
4. Planejamento sucessório: o planejamento adequado da sucessão empresarial pode ajudar a minimizar a carga tributária associada à transferência de patrimônio e ativos para futuras gerações. Isso pode envolver o uso de estruturas legais para otimizar a tributação sobre heranças e doações.
5. Uso de estruturas de holding: as holdings são empresas que possuem participações em outras empresas. Ao usar estruturas de holding, os contribuintes podem aproveitar benefícios fiscais, como a eliminação ou redução de impostos sobre dividendos e ganhos de capital, conforme as leis aplicáveis.
É importante ressaltar que a linha entre evasão fiscal e elisão fiscal é tênue. As autoridades fiscais podem questionar certas práticas de elisão fiscal se considerarem que elas são abusivas ou que ultrapassam os limites da legalidade.
Portanto, é fundamental que os contribuintes ajam nos limites da lei e obtenham aconselhamento de um advogado especializado em planejamento tributário a fim de identificar as estratégias adequadas, garantir a conformidade com a legislação aplicável e minimizar os riscos envolvidos. Afinal, cada situação tributária é única e exige um cuidado e uma atenção especial. Se ainda ficou alguma dúvida, mande-nos uma mensagem!
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